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A Relíquia de Nossa Senhora de Guadalupe

Preciosidades da Nossa Igreja – 3ª PARTE

3. A Relíquia de Nossa Senhora de Guadalupe

– 12 de dezembro é o dia da festa de Nossa Senhora de Guadalupe. Para comemorá-la, a equipe da Missão Popular da Paróquia Cristo Redentor vem, com muito júbilo, apresentar esta nova Parte da série sobre Preciosidades da nossa Igreja, com o propósito de ensejar, amplamente, maravilhosos momentos de oração e reflexão, com base em significativos dados e informações relacionados à Virgem Maria, Rainha de Todas as Boas Missões.

– E- atenção!- , eis uma importante observação inicial: recomendamos, antes de entrar na leitura e análise deste assunto, a revisão do texto sob o título “Introdução”, que precede a exposição do primeiro tema desta série, referente à “Imagem Mais Estudada e Pesquisada, que está em Turim”, editado no dia 1º. de setembro de 2008.

3.1. Breve Revisão Histórica

– Você sabia que, através de São Juan Diego Cuauhtlatoatzin( índio asteca canonizado pelo Papa João Paulo II em 2002 ), no período de 9 a 12 de dezembro de 1531, foram realizados grandes prodígios que vieram a traduzir-se em extraordinários achados na relíquia de Nossa Senhora de Guadalupe, através de diversos estudos técnico-científicos envolvendo avançada tecnologia?

– Você sabia que a Santíssima Virgem apareceu quatro vezes ao índio São Juan Diego na colina de Tepeyac, situada onde hoje está a capital do México, dando-lhe a incumbência de levar ao Bispo Juan Zumárraga o pedido para que fosse construído um templo naquele local, o que, no entanto, foi condicionado pelo Bispo à apresentação de uma prova ou sinal concreto? E que, finalmente, essa solicitação do Bispo ao índio foi atendida com a ajuda da Virgem?

– Você sabia que São Juan Diego, orientado pela Virgem Maria em sua última aparição, colheu lindas rosas no topo da colina, como prova inquestionável a ser apresentada ao Bispo, face às condições totalmente desfavoráveis, pois era época de frio intenso e o solo muito árido, com numerosas pedras no local? E que, em seguida, o vidente, após envolver as flores com seu manto    ( ou “tilma”, como era chamado ), assim as levou à presença do Bispo que, juntamente com outras pessoas presentes no momento da entrega, foi surpreendido pelo aparecimento da imagem colorida, impressa de forma milagrosa no pano da veste do índio? Ver em seguida.

Notas:

-Todos os relatos que existem, sobre as aparições de Guadalupe, estão baseados no documento Nican Mopohua, de meados do século XVI, escrito em “Nahuatl”, língua asteca, pelo índio bem letrado Antonio Valeriano.                                                                 

– Se for possível, caro Internauta, reserve um tempinho para recordar e apreciar mais detalhes históricos e outros aspectos que dizem respeito a esta preciosa relíquia; nesse sentido, acesse diretamente http://www.sancta.org/moreninha.html  e saiba, por exemplo, o provável significado do nome GUADALUPE, palavra espanhola ligada à palavra, em nahuatl, COATLAXOPEUH, cuja pronúncia é “quatlasupe”, portanto bem semelhante à primeira. Significado desse nome em nahuatl: COA= serpente; TLA= a( o artigo “a” ); XOPEUH= esmagar ou pisar. Compare com o texto de Gn 3,15: “…Esta te ferirá a cabeça…” E contemple mais uma vez esta imagem de corpo inteiro, que nos faz lembrar do que consta de outro texto bíblico, acerca da Mulher tendo a lua debaixo dos seus pés( Ap12,1 ).

3.2. Principais Características da Relíquia, Incluindo Resultados de Pesquisas

– O manto( ou “tilma” ) usado na ocasião pelo índio Juan Diego permanece absolutamente íntegro até hoje, portanto há 477 anos da extraordinária ocorrência, embora seja um tecido grosseiro, o “ayate”, feito com fibras de “magüey”, uma espécie de cacto, que se deterioram e desintegram, no máximo, em cerca de 25 anos, como foi comprovado.

– A imagem vista nesse pano, apesar de seu longo tempo de existência, mantém-se bem visível, inclusive conservando suas cores originais( ver abaixo ). E deve-se relatar neste ponto que, no ano de 1791, caiu acidentalmente ácido muriático sobre a parte superior direita do manto, causando um buraco com 10 centímetros de extensão, dano esse que desapareceu espontânea e milagrosamente no decorrrer de poucas semanas, resultando portanto na reconstituição do tecido, apesar de persistir um tênue vestígio. Acrescente-se a isso o que se passou no dia 14 de novembro de 1921: uma potente carga de dinamite, escondida num arranjo de flores por um anarquista espanhol, Luciano Perez, explodiu junto à relíquia, provocando grandes alterações em torno, como a de um crucifixo metálico, que, retorcido em conseqüência, está exposto até hoje como prova desse atentado. Mas o manto nada sofreu, permanecendo intacto.

– Richard Kuhn, de origem judaica, prêmio Nobel de Química em 1938, no ano de 1936 procedeu a análises químicas que demonstraram não ser a imagem constituída de qualquer corante natural conhecido, de origem mineral, vegetal ou animal, dada a inexistência de corantes artificiais na época dessa prodigiosa ocorrência.

– Os norteamericanos Phillip Serna Callahan, biofísico da Universidade da Flórida e especialista em pintura, e Jody Brand Smith, professor de estética e filosofia do Pentacola College, em 1979 estudaram a imagem com técnicas fotográficas utilizando raios infravermelhos( foram feitas mais de 40 fotografias), não tendo evidenciado sinais de pintura ou de tratamento do tecido com qualquer tipo de procedimento ou técnica. Verificaram também que a temperatura do tecido mantém-se em torno de 36-37ºC, temperatura normal do corpo humano. E mais: que a imagem muda levemente de cor, conforme o ângulo em que é vista, fenômeno esse chamado de iridiscência.

– Tem sido amplamente difundido pela Internet que os cientistas da NASA, ao fazerem incidir raios lazer tangencialmente ao tecido, descobriram que o material corante não está em contato direto com o pano, havendo, entre ambos, um pequeno afastamento da ordem de três décimos de milímetro. Acresce-se a isto o fato observado de a imagem desaparecer ao ser olhada bem de perto, ou seja, a menos de dez centímetros de distância, inclusive não sendo então vistas suas cores, mas somente as fibras do tecido. Estes achados, carecendo, no entanto, de uma devida confirmação, seriam compatíveis com as demais observações sobre a relíquia, que mostram diversas características indicativas do seu caráter prodigioso.

– Um médico, que participou do exame da peça, ao usar um estetoscópio, colocado sobre a parte da imagem que corresponde ao ventre, abaixo do nível da cintura, escutou batimentos cardíacos na frequência de cerca de 115 por minuto, a mesma que apresenta um feto no útero materno. Pergunte a si mesmo: De Quem são esses batimentos?

– Aliás, ainda no século XVIII provas científicas mostraram a impossibilidade de uma imagem, como essa, ter sido pintada em um pano com textura tão grosseira.

– A imagem-relíquia da Virgem de Guadalupe contém linhas suaves que compõem uma harmoniosa figura humana colorida, com um rosto expressando serenidade, ternura e doçura

– Ver, na foto exposta em seguida, como os olhos na imagem parecem ser de uma pessoa viva, um dos pormenores observados em exames oftalmológicos feitos pelos Drs. Rafael Torrija Lavoignet e Javier Torroella Bueno. Este, em 1956, verificou que as imagens das pupilas reagiam ao serem expostas à luz, contraindo-se então( reflexo fotomotor ) e voltando a dilatar-se após a retirada do estímulo luminoso, da mesma forma que ocorre num olho normal; e aquele, em julho daquele mesmo ano e depois de oito meses de trabalho, pôde apreciar o fenômeno da tríplice imagem de Purkinge-Samson, isto é, do surgimento de três refrações, no olho, de um objeto visualizado, como acontece, igualmente, em condições normais.

Eis o rosto da Virgem em que os olhos aparecem com aspecto de serem como os de uma pessoa viva( isto poderá ser melhor apreciado após clicar-se sobre esta imagem e, em seguida, conferir-lhe maior aumento, utilizando o “zoom” no seu computador ). Faça-o e verá quão impressionante isso é! E se ocorrer algum problema de ordem técnica, que impeça a desejada visualização dos olhos, acesse a página: http://www.sancta.org/cgi/display.nor?image=rostro_400_.jpg aplicando-se-lhe, da mesma forma, o maior tamanho.

Outras possíveis opções:

http://www.sancta.org/gallery;

http://www.sancta.org/downloads.html.

3.2.1. As Surpreendentes Imagens Gravadas nos Olhos

– Pelo uso da fotografia com maior aumento desde 1929 ( ver adiante ) e mais recentemente graças a nova tecnologia, foram evidenciadas, na córnea de ambos os olhos, ao todo, as imagens de 13 pessoas.

– Em condições normais as imagens só aparecem na córnea enquanto objetos ou indivíduos permanecem no campo visual do observador, ou seja, enquanto encontram-se temporariamente ao seu alcance, o que, no entanto não aconteceu na relíquia de Guadalupe, pois as imagens de um momento persistem até o presente, depois de completarem-se 477 anos.

– No Centro de Estudos Guadalupanos, no México, o engenheiro José Aste Tösmann, especialista em engenharia de sistemas ambientais, com PhD pela Universidade de Cornell e com larga experiência na IBM, nas três últimas décadas desenvolveu pesquisas com o processamento digital de imagens, utilizado em satélites artificiais e sondas espaciais, mediante o qual foram obtidas as imagens ampliadas de 13 pessoas gravadas nas córneas. Esse trabalho consistiu, inicialmente, no “escaneamento” de alta resolução de uma boa foto da relíquia, seguido da digitalização e filtração das imagens dos olhos, com a eliminação de “ruídos”( ou irregularidades ).

“Apreciemos, em seguida, as três fotos que mostram as imagens feitas com grande aumento, inclusive graças ao mencionado processamento digital.

– A exposta à esquerda é a primeira imagem fotográfica em grande aumento, obtida em 1929, em que aparece o rosto de um homem com barba, prodigiosamente gravado na córnea; esta imagem foi obtida pelo então fotógrafo oficial da Basílica de Guadalupe, Alfonso Marcué Gonzalez.

– Ao centro, encontram-se as misteriosas imagens de seis pessoas que se incluem entre as que testemunharam a maravilhosa ocorrência no dia 12 de dezembro de 1531. Cabe referir: um índio sentado, com as pernas dobradas; um homem segurando a barba e que parece ser o mesmo da foto feita em 1929; o Bispo Dom Juan de Zumárraga, calvo e com barba, tendo à sua esquerda o Sacerdote que servia como intérprete, Frei Juan González; um índio, certamente Juan Diego, com chapéu em forma de cone, segurando seu manto; e uma empregada do Bispo, de cor negra, situada mais à direita. As imagens do Bispo e do Frade, intérprete, puderam ser comparativamente apreciadas, de certa forma identificadas, com base em quadros de pinturas existentes no Museu da Basílica de Guadalupe.

– E à direita, vêem-se, sobre ambas as pupilas, as imagens de duas famílias Indígenas: dois casais, dos quais uma mulher que carrega seu bebê no dorso, conforme o costume de então, além de duas crianças. São, portanto, sete imagens de pessoas, que somadas às outras seis, já mencionadas, resultam no total de treze testemunhas ou circunstantes do fascinante acontecimento.

– E, pasmem, graças a maior aumento ( até atingir 3500 vezes ) foi possível a tomada da imagem do índio são Juan Diego, refletida na imagem do olho do Bispo Juan de Zumárraga; e vice-versa, deste naquele. As medidas destas imagens são da ordem de uma quarta parte de um milionésimo de milímetro. Sim, de um milímetro dividido por um milhão e, em seguida, dividido por quatro.

Mais uma pergunta: Mãos humanas seriam capazes de desenhar e pintar figuras assim tão superminúsculas?

Observação: veja os vídeos que constam da página http://www.sancta.org/videos.html , especialmente o terceiro, sob o título “ O Mistério dos Olhos de Guadalupe” ( em inglês ), e assista o relato, feito em espanhol pelo próprio pesquisador, Dr. José Aste Tönsmann.

3.3. Conclusões

– A relíquia de Nossa Senhora de Guadalupe certamente não pode ser obra feita por mãos humanas. Impõe-se pôr em relevo seu aspecto de imagem viva, com as referidas figuras de pessoas, vistas nos olhos, de pequeníssimas dimensões, bem como suas outras impressionantes características, inclusive em face das análises químicas do material de que é constituída, negativas para quaisquer corantes conhecidos. E mais: que se trata de um material dotado de cores vivas, provavelmente sem contato direto com o tecido, tecido esse formado de uma trama bem rude e de limitada durabilidade. Deve tratar-se mesmo de uma peça “AQUIROPITA”. É mais uma!

– Essa relíquia tem sido objeto de uma rica e fascinante reflexão, ensejando muitos ensinamentos e contribuindo sobremodo para todo o trabalho de evangelização. Serve para reforçar a missão de co-redentora de Nossa Senhora, que por conseguinte não pode ser considerada apenas como um simples mito.

Pesquisa e texto: Missão Popular da Paróquia Cristo Redentor

Próximo tema: “Véu de Manopello, Véu de Verônica?”