O Dízimo no Antigo e no Novo Testamento

Publicado originalmente em “A Voz do Redentor” No. 23 – Maio de 2006.

É comum que alguns cristãos pensem que o dízimo seja uma prática recente, criada com o objetivo de garantir a manutenção material da Igreja. Contudo, a Bíblia nos revela que essa tradição tem raízes profundas tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

No Antigo Testamento, a palavra “dízimo” aparece 39 vezes. Um exemplo disso está em Êxodo 23,19:

“Trarás à casa do Senhor, teu Deus, as primícias dos primeiros produtos de tua terra.”

A prática de oferecer o dízimo por meio das primícias — os primeiros e melhores frutos — demonstrava o espírito de gratidão do povo a Deus. Antes mesmo de separar o necessário para o próprio sustento, reservava-se a parte do Senhor, reconhecendo-O como fonte de todas as bênçãos.

No Novo Testamento, percebe-se que os primeiros cristãos mantiveram o sentido de oferta herdado do judaísmo. Aqueles que ouviram os ensinamentos de Jesus já estavam familiarizados com a tradição bíblica de ofertar parte de seus bens. Jesus reforça essa atitude em Lucas 6,38:

“Dai e dar-se-vos-á. Colocar-vos-ão no regaço medida boa, cheia, recalcada e transbordante.”

O cristão oferece o dízimo não como uma troca de vantagens com Deus, mas movido por amor e gratidão sinceros. É um gesto de fé e comprometimento, que contribui para o fortalecimento da comunidade.

Dar o primeiro passo como dizimista é iniciar uma jornada de participação que, somada ao esforço coletivo, permite à paróquia planejar e realizar ações de ajuda que, individualmente, seriam inviáveis. Juntos, podemos transformar sonhos em realidade.

Como afirma o Pe. A. Gambarini, no livro Colhendo Prosperidade:

“O dízimo pressupõe uma ação comunitária que não substitui seus gestos pessoais de amor, justiça e caridade, mas os completa.”

Seja um dizimista e faça parte dessa missão de amor e partilha!